Setembro Amarelo

Desde 2009, a Associação Brasileira de Psiquiatria e as diversas instituições dedicadas ao trato da saúde mental – e pesquisa – realizam a campanha Setembro Amarelo, dando luz às ações de prevenção ao suicídio. A cartilha trata sobre medidas para identificar e lidar com pessoas que possam estar com ideias suicidas, além de tratar sobre o modo como imprensa e meios de comunicação, de modo geral, lidam com o tema. Ainda que um tabu, os índices ainda são altíssimos, de modo que uma ação coordenada por meio da informação tem se tornado cada vez mais necessária, bem como, inevitável.

O problema gira em torno da polêmica em informar os casos de suicídio de modo a não prejudicar a suscetibilidade das pessoas, bem como, não causar danos aos indivíduos da sociedade. Entende-se com base em estudos, que a veiculação de casos de suicídio sem cuidado editorial, pode não somente ser impactante como pode estimular e flertar com pessoas mais vulneráveis, como uma forma de “contágio”.

No Brasil, cometem suicídio 32 pessoas por dia, infelizmente, mas esse número certamente é maior já que grande parte das famílias omite a informação de suicídio.  A cada ato suicida, sete pessoas são afetadas de forma direta. Em quase 97% dos casos, o diagnóstico de transtorno mental seria apropriado e, assim, poderia ter sido fundamental na preservação dessa vida. Não significa, entretanto, dizer que, quem possui transtorno mental tentará o suicídio, ao mesmo tempo que, não necessariamente quem cometa o ato de tirar a própria vida tenha algum transtorno específico diagnosticado.

Os transtornos mentais mais associados aos casos são depressão, transtorno afetivo bipolar, dependência alcoólica e outras drogas psicoativas. Não raro, o quadro é agravado pela interação de mais de um fator.

Entende-se que quem comete suicídio não tem o propósito claro de tirar a vida, mas sim de acabar com a angústia que sente. O problema é muito mais complexo que um incidente recente como o término de um relacionamento ou emprego, ao mesmo tempo que é comprovado que as condições sociais não são por si só, determinantes.

De todo modo é sempre bom ficar em alerta para se necessário identificar e lidar da melhor forma com a pessoa.

– Uso de álcool e outras drogas;

– Desesperança e desespero: busca de sentido existencial, razão para viver, falta de habilidade de resolução de problemas;

– Isolamento social, ausência de amigos íntimos;

– Possuir acesso a meios letais;

– Impulsividade.

Veja muito mais na página oficial da campanha do Setembro Amarelo.