O aplicativo Snapchat foi criado em 2011 com uma característica inovadora: os filtros de inteligência aumentada que possibilitavam que as pessoas mudassem suas vozes e seus rostos com seus celulares. Mudanças essas que iam de orelhas de ursinho até rostos mais contornados, maquiados e delineados.
O aperfeiçoamento dessas tecnologias despontou numa onda de embelezamento artificial que, por através dessas lentes, levou alguns dos seus consumidores a ficarem de fato insatisfeitos com o que tinham de natural no rosto e quererem enfeitá-lo, tendo por referência uma imagem criada por inteligência artificial que, sem dúvida, aponta para uma padronização.
A essa insatisfação com o próprio rosto e a busca pelo rosto perfeito, ou aquele parecido com o filtro de aplicativo do celular, leva muitas pessoas às clínicas de embelezamento, ou clínicas de estética. O resultado disso são rostos cada vez mais artificiais e o desenvolvimento de transtorno de imagem, visto que essa insatisfação tende a nunca ser totalmente sanada. A esse comportamento de descontentamento com a própria aparência e consequente busca pelas correções sugeridas por um aplicativo, foi dado o nome de Dismorfia do Snapchat, ou Snapchat Dysmorphia.
